A elaboração do Luto é um caminho de vivência emocional intensa, que pode ser melhor ou pior superado conforme as características do óbito, o cenário familiar, as lições aprendidas das experiências pessoais até então e, ainda, de acordo com o modo de pensar (crenças nucleares, pensamentos) e de lidar com as emoções (regulação emocional).
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Como é um momento de reflexão, alguns questionamentos podem ser úteis para identificar a fase e os pensamentos manifestados nela, possibilitando lidar melhor com eles e com as emoções que geram:
- Negação e isolamento. Qual situação, fato, realidade está difícil de aceitar? Estou negando esse fato ou realidade? Como? Com que pensamentos ou evitações ou ações?
- Raiva. Se estou sentindo raiva, ela me paralisa ou, pela indignação, está me levando a fazer algo a respeito? Eu expresso de forma normal, demais ou de menos essa emoção em relação à situação em questão? Que pensamentos a trazem?
- Barganha. Estou tentando negociar comigo mesmo, pensando: “Se isso”, “se aquilo”? Quais pensamentos tenho nesse sentido?
- Depressão. Estou triste por ter percebido a realidade/situação de tal forma? Em qual intensidade? Está influenciando em minha atividade e relacionamentos? Quais pensamentos me entristecem?
- Aceitação. Respeitado o processo dos estágios anteriores, consigo aceitar a situação, realidade como ela é? Caso eu não esteja conseguindo aceitar, posso fazer algo a respeito? Posso ter um pensamento diferente sobre a situação/fato/realidade? Como seria?
- Significado. Uma vez tendo aceitado, para que não seja aceitação passiva: o que posso pensar/fazer para conviver com essa situação/ fato/realidade? Que lições, significados e aprendizados posso extrair desse processo?
O enlutado vivência aspectos de uma das fases mesmo enquanto está mais intensamente em outra, até o término do processo.
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