Escritas terapêuticas: quando escrever oxigena o pensar
Ao escrever, a algumas palavras dei ainda mais significado. Eram ideias e emoções que mereciam aflorar e se consolidar. Escrever me fez bem.
De outros tantos palavreados, vergonhosos até, ao escrever, deles me livrei: do excesso de irrealidade que continham, do rancor bem descabido, do ciúme visceral, dos meus medos mais irracionais, das culpas em relação a quem ofendi, da tristeza mais banal, do desejo de vingança… cada fel destilado em escritas se esvaiu de mim. Saiu e não agrediu ao suposto destinatário. Ou ofendeu menos, acredite. Mais ainda, escrever me fez bem.
Ideias e imagens mentais vem e vão. Muitas vezes, alheias à vontade. Não são verdades absolutas. São só pensamentos. As emoções, como os ventos, tomam iguais caminhos.
As palavras expressam minhas crenças, os sentimentos e pensamentos: colocam um facho de luz sobre eles.
Elas voam. Diz o ditado que escritas ficam. No processo de autoconhecimento, porém, escrever pode ajudar a me libertar de pensamentos ruins, de situações difíceis de discernir.
“Do que me calei, adoeci. Do que falei ou escrevi, me libertei.” (Psicólogo Pascoal Zani – CRP 08/04471)
Adaptei e reelaborei após colocar a tinta no papel: o que escrevi já nem me representa mais. E, olha, eu precisava muito desse falar, aliviando a cabeça ao usar as mãos. Foi um jeito simples de conseguir paz e ir avante. As escritas tiveram o poder de fazer voar o que me adoecia.
Escritas podem ser terapêuticas. Ajudam a exteriorizar o que me apodrece por dentro, “para evitar ferir ao outro” e para tentar me curar. Posso rasgar depois, partilhar com meu psicoterapeuta, deletar ou queimar.
As palavras ditas nas escritas: as ditas, benditas as palavras ditas! Elas podem fazer voar pensamentos que estão fazendo sofrer!
Por que não?
Obs.: Essa escrita não substitui a Psicoterapia.
Pascoal Zani – CRP 08/04471
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