Na entrevista com @patryciamannarino (Gratidão!), do site @clubegazetadopovo (@carol_enke ) conversamos sobre as algumas declarações de Oswaldo Montenegro à imprensa em 2009.
Não tenho acesso ao diagnóstico oficial do cantor, nem poderia fazê-lo. Mas como similaridade da descrição, resolvi escrever um pouco sobre o que é chamado “altas habilidades”: a capacidade bem acima da média para agir em alguma área da vida (dentre outros fatores, claro).
Nesses casos a pessoa é capaz de um hiperfoco, podendo se dedicar por muito tempo ao que escolheu fazer. Como a concentração é grande no seu foco, é comum ter inseguranças e relegar a segundo plano as relações sociais ou outras áreas de ação individuais.
Até que descubra “o seu jeito de funcionar”, a criança ou o adulto pode sofrer pelas comparações com outras pessoas ou até com o julgamento de quem convive de modo mais próximo.
Para quem vê de fora, sempre, há a importância de não julgar. Sempre. Cada um tem seus caminhos. Quem quiser ajudar, basta acolher.
O diagnóstico, bem como o tratamento psiquiátrico e psicológico (o portador pode se beneficiar de Terapia Cognitivo-comportamental e Mindfulness, por exemplo) são absolutamente importantes. Fazem parte da busca para achar “o seu jeito de ser feliz no mundo”, ou, nas palavras da OMS: o “bem-estar”. Se para o artista a música e o apartamento estilizado ajudam na saúde do corpo e da mente, para outros o caminho poderá ser um destaque nos estudos, a excelência profissional ou a dedicação às artes, etc. E, junto, as conciliações possíveis com o ambiente, a realidade, outros sonhos e a convivência com pessoas próximas.
Bem, aí vem a vida e traz ameaças e oportunidades, não é mesmo? A aceitação do diagnóstico (não resignação, nem rótulo) pela pessoa e seus familiares pode ajudar a ter bons encaminhamentos acadêmicos, profissionais e pessoais. E o desempenho na área hiperfocada poderá dar segurança para a pessoa desenvolver outros aspectos da vida que poderão completar seu bem-estar.
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Psicólogo Pascoal Zani. CRP 08/04471
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