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Um olhar da Psicologia sobre as competências do Profissional do Futuro – Psicólogo Pascoal Zani

Um olhar da Psicologia sobre as competências do Profissional do Futuro

Um olhar da Psicologia sobre as competências do Profissional do Futuro

Profissionais de todas as áreas estão sempre à procura de boas colocações e negócios. Na bagagem trazem seus talentos, formação acadêmica, experiência, vontade de aprender e planejamento para se manter atualizado, visando aproveitar oportunidades.

Quinze competências do Profissional do Futuro

Conhecer a regra do jogo é o primeiro passo para vencê-lo. Embora não existam normas oficiais, o Fórum Econômico Mundial (FEM) pesquisa e divulga o conjunto de conhecimentos e habilidades que as empresas consideram como as mais úteis para a alta performance profissional. O relatório “The Future of jobs Report” de 2020 apresenta para 2020 a 2025 as seguintes competências:

1. Pensamento analítico e inovação

2. Aprendizagem ativa e estratégias de aprendizado

3. Resolução de problemas

4. Pensamento crítico

5. Criatividade

6. Liderança

7. Uso, monitoramento e controle de tecnologias

8. Programação

9. Resiliência, tolerância ao estresse e flexibilidade

10. Raciocínio lógico

11. Inteligência emocional

12. Experiência do usuário

13. Orientação ao serviço

14. Análise e avaliação de sistemas

15. Persuasão e negociação

Dez competências do Profissional do Futuro no Brasil

Quanto ao Brasil o documento apresenta o “Top Ten Skills”, abrindo o que está no foco dos programas de qualificação das empresas. A maior parte delas se refere à potencialização de competências comportamentais, e, por isso, são chamadas de “Human Skills”. É o modo como o profissional lida com seus pensamentos e emoções e também como se relaciona com as pessoas que compõe a cadeia produtiva: pares, liderados, chefias, clientes, fornecedores, etc. Trata-se de conteúdos pessoais, geralmente analisadas em psicoterapia, como as crenças pessoais, que geram padrões de comportamento a serem repetidos vida afora.

A lista compreende também competências técnicas, que exigem domínio de uso de tecnologia, por exemplo, não caraterizadas como “Human Skills”. E mesmo nelas a atitude é determinante, por isso a importância de reflexão a respeito.

De qualquer forma, no Mundo BANI cada vez mais frágil, ansioso, não linear e imprevisível, a qualidade das habilidades humanas se torna um diferencial competitivo na aquisição e na manutenção das oportunidades profissionais.

Por mais que o mercado mude as exigências, e mudará mesmo, o profissional pode encontrar seu porto seguro ao cuidar melhor de si, conhecer e desenvolver suas características pessoais, melhorando suas habilidades.

A seguir, breves considerações acerca delas e do uso da ciência do comportamento como fator de sucesso em cada uma.

1. Liderança e influência social

Todos os perfis de líder pressupõem aquisição de comportamentos pessoais. O “Líder Inspirador”, há tempos desejado pelo mercado, é fruto do aprimoramento de competências como autoconhecimento, inteligência emocional, persistência, resistência à frustração, comunicação assertiva, empatia, paixão e outros valores que extrapolam aspectos técnicos.

O líder tem a missão de diagnosticar e ajudar a desenvolver os pontos fracos e fortes dos colaboradores, bem como influenciar na aquisição de habilidades comportamentais específicas para os cargos dos liderados. É uma responsabilidade que requer muito aprimoramento de si mesmo e é também uma gratificante oportunidade de fazer desabrochar muitas carreiras. 

Pode se encontrar chefias hierárquicas, mas nunca líderes sem inteligência emocional (https://www.facebook.com/psicologopascoalzani/posts/327719102413759/ ) Daniel Goleman indica quatro domínios e doze competências a serem melhoradas por quem deseja melhorar seu índice de IE:

  • Autoconhecimento: autoconhecimento emocional;
  • Autogestão: controle emocional, orientação de conquista, panorama positivo;
  • Consciência social: empatia, consciência emocional;
  • Gestão de relacionamento: influência, coaching e mentoria, administração de conflitos, trabalho em equipe, liderança inspiradora;

Outra “Human Skill” determinante para o exercício liderança (para qualquer cargo e situação pessoal, na verdade) é a capacidade de julgamento e tomada de decisão. Significa julgar lucros e prejuízos de cada ponto em análise, com pesos, chegar a uma decisão consciente dentro do tempo necessário, sabendo renunciar rapidamente ao caminho preterido e passando a agir de imediato pelo novo norte da decisão tomada, aumentando as chances de obter o resultado esperado.

A capacidade de negociação, fundamental em todos os profissionais e especialmente no líder, pode ser aprimorada também com o desenvolvimento de habilidades pessoais. Envolve gerenciamento de conflitos, treinamento para apresentar posicionamentos claros e articular a busca das melhores soluções para as partes envolvidas

A novidade do relatório do FEM é a constatação de que muitas empresas tem optado por líderes com maior influência social. Para além do atingimento de objetivos e da inspiração das pessoas, é desejável contar com líderes que ajam e influenciem na busca bem comum. Como a pandemia ensinou, de forma amarga, para o bem ou para o mal: “estamos juntos!”Ou, como diz John Donne: “cada homem é uma partícula do continente, uma parte da terra”.

2. Pensamento analítico e inovação

A capacidade de entrar no processo, detalhar cada situação e, após boa fundamentação, propor soluções novas e eficazes, é das características mais necessárias para apresentar diferencial competitivo. Exige tanto a profundidade da análise quanto estar com o pensamento sempre voltado a vislumbrar oportunidades e alternativas.

Ou seja, é conveniente melhorar a habilidade de pensar sobre cenários, calcular riscos e também vencer seus medos (crenças limitantes), “alçar outros voos”.

A inovação tão pretendida pelas empresas e apreciada nos profissionais só é possível com esses cuidados quanto aos aspectos cognitivos, comportamentais e emocionais, no âmbito pessoal.

3. Aprendizagem ativa e estratégias de aprendizagem

“Tudo o que sei é que nada sei”: Sócrates, cada vez mais atual, ao ritmo das mudanças constantes e rápidas do Mundo BANI, relembra que é necessário tornar frequente o movimento de desaprender, reaprender e aprender, sobre si mesmo e também em aspectos de conhecimento técnico.

Se tudo muda a todo momento, a obsolescência profissional se dá de forma avassaladora à mínima estagnação, exigindo, para combatê-la, dinamismo e ação na mesma intensidade.

4. Pensamento crítico e análise

O mundo precisa de ideias disruptivas e o mercado valoriza quem se habitua a apresentá-las. Porém, o cenário da educação tem sido mais calcado em reforçar valores prontos que devem ser seguidos, prejudicando pensar de modo autônomo, livre. Então, ainda que a necessidade de aderência às normas essenciais não impeça o questionamento e a contraposição de opiniões, as próprias crenças pessoais (modos de acreditar, norteando pensamentos) muitas vezes o fazem.

            Ao analítico se pode agregar o pensamento crítico. Ele implica no questionamento, na leitura de cenários sob diferentes aspectos, o que faz juntar mais dados para analisar, com pesos mais alinhados à realidade.

            Um dos princípios da Terapia Cognitivo-comportamental (TCC), fundada pelo psiquiatra Aaron Beck, é ensinar, com uso do questionamento socrático e de outras estratégias, a identificar, avaliar e responder aos pensamentos e crenças disfuncionais. A psicoterapia, assim, de cunho pessoal, auxilia na aquisição de repertório que naturalmente será aplicado pelo profissional no exercício de suas funções.

5. Design de Tecnologia e Programação

Embora vários conhecimentos ligados à Informática sejam mais pertinentes a profissionais da área, cabe o alerta quanto ao seu uso, por todos, na linha do que as empresas esperam de quem se candidata ou já presta serviços a elas.

            Hoje em dia são muito apreciadas as produções de quem realiza múltiplas tarefas simultaneamente. É o conceito de Multitasking. No intuito de corresponder ao esperado e cuidando sempre de gerenciar o estresse e ansiedade, há ainda a necessidade de vencer resistências comportamentais quanto a utilizar novos aplicativos, sistemas e recursos tecnológicos, a fim de ampliar o domínio da informação e responder com velocidade e qualidade às demandas de clientes e gestores.

6. Orientação ao serviço

Jan Gösta Carlzon, que foi CEO do SAS Group, define “A Hora da Verdade” como sendo todo momento em que o cliente entra em contato com a empresa, formando imagem e tendo uma experiência que o fará voltar ou não a procurar por seus serviços: “Temos 50.000 momentos da verdade todos os dias.”

Neste contexto é imprescindível que o profissional desenvolva habilidades que auxiliem no atendimento e fidelização do cliente. Ouvir, tratar com cordialidade e ser efetivo nas respostas são competências necessárias para aproveitar as chances de negócios, minuto a minuto.

Mais que isso, identificar as reais necessidades do cliente abre também espaço para oferta de novos produtos, ou seja, redunda em novas negociações.

7. Raciocínio, resolução de problemas e ideação

Problemas sempre existirão, são da Vida! Raciocinar, refletir sobre eles, indignar-se com a falta de respostas até consegui-las; habilitar-se para resolvê-los; gerar constantemente novas ideias para fazer frentes a eles: eis o desafio. Esse é o conjunto de competências desejado, tão difícil quanto apaixonante. A boa notícia é que é possível e gratificante, a exemplo da vacina contra COVID-19, construída em tempo recorde em 2020.

O Fórum Econômico Mundial privilegia também a “solução de problemas complexos”. A vida e o mercado apresentam situações novas, sem respostas prontas, assim como entregam problemas e desafios de grandes proporções. A atitude do profissional ao enfrentá-los e a sua capacidade de articulação para resolvê-los pode significar sua sobrevivência no mundo corporativo.

A psicoterapia, além de proporcionar autoconhecimento e aumento de bem-estar, propicia a vivência de resolução de problemas simples e complexos, facilitando o exercício de raciocinar e conceber novas ideias.

8. Gestão de pessoal

Recentemente um depoimento trouxe a situação de duas empresas do mesmo grupo, na mesma área de atuação, com níveis de satisfação de empregados e resultados financeiros totalmente diferentes. A análise mais apurada evidenciou que a forma de gestão que mais se aproximou das pessoas favoreceu a produtividade e saúde mental, em igual medida.

Neste sentido, o melhor líder busca adquirir inteligência emocional (clique para baixar gratuitamente o e-book “Treine a sua Inteligência Emocional”), conjunto de competências que envolve autoconhecimento, automotivação, regulação emocional, empatia e relacionamento interpessoal. E procura ainda valorizar talentos e desenvolver habilidades em seus liderados. Ao tempo em que cobra resultados e apoia as ações, se prepara para acolher, perguntar, ouvir as respostas e atuar no que é possível.   

9. Criatividade, originalidade e iniciativa

Criar é uma das formas de expressar emoções, pensamentos e necessidades. As ideias originais geralmente nascem da atitude, da postura proativa, da iniciativa, do “é comigo” e do exercício mental de se perguntar: “se todos estão pensando de forma ‘x’, como posso exercer neste caso o meu diferencial competitivo, apresentar algo diferente do trivial?” Ou: “como transformar esse problema, crise ou ameaça em oportunidade, em solução viável?”

            A expressão emocional na criação e a originalidade demandam algo que muitos profissionais bem conceituados, workaholics, relegam a segundo plano: o equilíbrio das diversas áreas de vida, a oxigenação, o entretenimento, as amizades de qualidade, a vida afetiva o lazer e o “falar de si” para atender à necessidade fundamental de descansar o corpo e a mente e, assim, recuperar a energia produtiva e a qualidade de vida.

Ser original é ser o que se é, o que exige autoconhecimento, transformação e libertação de várias crenças limitantes. O processo criativo também decorre desse “permitir-se ser quem se é”. Por fim, só toma iniciativas quem protagoniza sua vida, tem autonomia e está seguro da sua identidade.

10. Resiliência, tolerância ao estresse e flexibilidade

Manter a alta performance significa produzir sob ação de agentes estressores, estando sujeito a erros, frustração de expectativas, perdas e necessidades não atendidas.

O sucesso se compõe de uma boa dose de fracassos e a forma de lidar com eles é o que o determina. A vida trará desafios “estressantes” todos dos dias, sendo fundamental que o profissional adquira e esteja muito ciente do seu repertório de enfrentamento. Não se trata de torcer por mares calmos, mas de juntar ferramentas, instrumentos e sabedoria para utilizá-los em mares bravios.

É, então, determinante que o profissional desenvolva habilidades para rapidamente retomar a rota após desvio indesejado e imprevisto, não se deixar abater por frustrações, regular os efeitos das emoções, manter o equilíbrio em situações adversas, colher lições das experiências e usar das forças internas para sobreviver às situações diversas.

A rigidez cognitiva nasce de invalidações impostas por experiências passadas, gerando padrões elevados demais, medos exagerados de errar, necessidade de se achar perfeito (perfeccionismo), ser competitivo ao extremo e não colaborativo (na necessidade de ser o primeiro, os pares podem ser vistos ameaças, dificultando a partilha de informações e estratégias), dentre outros sintomas.

Flexibilizar pensamentos é se desapegar deles, entender que são passageiros e muitas vezes distorcidos quanto à realidade. Exige autoconhecimento e treino. A psicoterapia na Terapia Cognitivo-comportamental atua flexibilizando crenças, para impedir a incapacitação e o isolamento que se desenham ao futuro do profissional que possui pouca flexibilidade.

O treino de competências na Terapia Cognitivo-comportamental

Nunca é demais lembrar que habilidades são treináveis, possíveis de serem aprendidas e praticadas. Assim, não cabe se resignar a crenças limitantes. Os conceitos da Psicologia e as práticas da Psicoterapia, atuando nos níveis cognitivo e comportamental, podem ser grandes aliados no desenvolvimento pessoal e profissional, melhorando os quesitos que ajudarão na empregabilidade, no avanço da carreira e no empreendedorismo.

Ao planejar os próximos passos, que tal incluir a aquisição de competências que o mercado tem indicado como diferenciais para recrutamento e ascensão profissional?

Leia o mesmo artigo no Blog “TOP 10 News”: https://www.top10news.com.br/2021/12/um-olhar-d

a-psicologia-sobre-as.html

Obs.: Essa reflexão não substitui a Psicoterapia

Baixe o ebook gratuito (deste tema e outros) no Linktr.ee do Psicólogo Pascoal Zani.


Psicólogo Pascoal Zani

CRP 08/04471

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